Sons do Refúgio apresenta músicas de refugiados e imigrantes que encontraram no Brasil o espaço para expressarem as suas artes.
Reunindo músicos em situação de refúgio, migrantes internacionais e apátridas no Brasil, o selo Sesc se está preparando o lançamento do álbum Sons do Refúgio, previsto para o dia 20 de junho, data em que é celebrado Dia Mundial do Refugiado. O projeto teve origem a partir da série documental de mesmo nome, lançada pelo SescTV em novembro do ano passado.
Apresentando o mesmo intuito da série, o disco reforça a música como uma expressão cultural que ultrapassa fronteiras e aproxima as pessoas, rompendo barreiras linguísticas, raciais, de classe, religião ou nacionalidade. Em dez faixas, é possível conhecer a arte de músicos de diferentes regiões do planeta que carregam em suas histórias traumas, deslocamentos, preconceitos, acolhimentos e recomeços.
Sons do Refúgio se inicia com Beleza Pura, composição do congolês radicado no Brasil desde 1993, Zola Star. O artista canta em português e traz influências de ritmos angolanos. O álbum traz ainda outra angolana, Ruth Mariana, cantora e atriz com uma trajetória marcada por difíceis deslocamentos em busca de uma vida longe das guerras e crises que atingem seu país, destacando na faixa Mulheres as lutas femininas.
A francesa Anaïs Sylla, com ascendência senegalesa, escolheu o Brasil por seu interesse pela música nacional, buscando espaço para se desenvolver como cantora e compositora. No disco, a artista se destaca com a track Mai, cantada em francês. O cubano Pedro Bandeira, líder da banda Batanga e Cia, também chegou ao Brasil encantado pela música nacional. Em Ijé, o grupo apresenta o ritmo batanga com instrumentos percussivos de Cuba.
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